quarta-feira, 18 de março de 2009

Árvore Genealógica




Peça de Teatro - D.Pedro e D.Inês

O Chato e Inês

É o fim do mundo, no Mosteiro de Alcobaça, Inês de Castro e D. Pedro erguem-se dos mortos, entretanto aparece o Chato e atropela D. Pedro.
-Epa então metes-te à frente? – explica-se Chato enquanto se desembaraça do corpo de D.Pedro
-Que me queres?
-Eu, quem és tu?
-Sou Inês de Castro, e não devo explicações a ninguém como tu, apenas a Deus
-Ui ela tem a mania! O que é que tu tens de especial?! Quer dizer, tu na tua vida, engataste um vadio, que por acaso, era o filho do rei de Portugal, e fizeste… o que é que fizeste afinal?...fizeste… filhos… grande coisa…
Olha escuta, filhos qualquer um faz! Mas o orçamento p’ra 2009, isso já é diferente. Isso também eu fazia, filhos, ora esta!
(O chato vai-se embora indignado)

De volta ao mosteiro, D. Inês, serena e calma, ajoelhada ao lado de um D. Pedro deitado e inconsciente.
- Olha ela outra vez! Ainda cá estás? Mas que rica vida! Não faz nada e ainda por cima é convencida! Quer dizer eu digo-lhe para ir trabalhar e não faz nada, não te queres misturar com a ralé, é?! Não queres andar com a gentinha?!
-Olha meu amigo, não sei se sabes mas o mundo está a acabar, não há sociedade, a humanidade está a ser julgada, e tu, o que esperas fazer da tua alma?...
-Olha não sei, se calhar invisto num seguro, sabes é que eu tenho dinheiro, para o qual trabalhei e mereci, não sou como tu minha lambona… Sabes que mais…
(as nuvens abrem-se e emerge uma luz branca, que começa a falar)
-Chato, está na altura de seres julgado pelo criador!
-Olha, esse é outro, nem me fales desse. O que é que ele fez na vida?
(O chato vira-se para o cenário destruído e acena com ar despontado para os dois imortais)
-Então isto é coisa que se faça? Cá p’ra mim ele fez asneira e agora vai tentar arranjar tudo acabando com o mundo. Então isso é maneira de resolver os problemas?
Acham isso bem?
(Inês de Castro fica a olhar para o chão constrangida e a luz brilhante esmorece)
-Hmm! Bem já estamos entendidos? Agora vou-me embora que eu tenho um táxi que conduzir!
Poemas de D. Inês de Castro


Defunta e coroada
Adorada depois de morta
Amada para todo o sempre
Por D.Pedro

Bela e jovem
Rainha portuguesa
Castelhana de sangue
Amada por todos

D. Inês de Castro
Amada e decapitada
Morreu por D. Pedro
Por quem era amada

Formosa de uma beleza infinita
Calúnias a mataram
Destroçaram o seu coração
Por um amor verdadeiro

Jovem castelhana,
Para o seu castelo foi exilada
Quando descobriram
Que por D. Pedro
Estava apaixonada

Jovem castelhana,
Para Portugal foi
A mando de D. Constança
Mulher do seu amor

Amor que com o tempo
Acabou por mais florescer
Amor proibido
Que nela sempre viveu

Amor correspondido
Por D.Pedro
Que por este
ela morreu

Morta,
Pelo pai do seu amor
Quinta das Lágrimas
Testemunha foi.

D.Pedro e D.Inês (Ilustrações)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009